Lançada depois de seguidos ataques feitos contra as urnas eletrônicas, inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro, a carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, intitulada Carta às Brasileiras e aos Brasileiros, já conta com quase 1 milhão de assinaturas.
O documento é lido em evento na manhã desta quinta-feira (11), na faculdade de direito da USP, que fica no centro de São Paulo. Atos parecidos em defesa da democracia ocorrerem em consonância em outras universidades e instituições País afora.
A popularidade da Carta, tem crescido mesmo em meio às críticas do presidente e seus seguidores, que classificam a ação como “politiqueira”.
Nos últimos dias, Bolsonaro teria minimizado e debochado do documento que, entre os signatários tem vários ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de 107 entidades e uma série de artistas, banqueiros e representantes da sociedade civil.
Candidatos à presidência da República, como Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Ávila (Novo) também assinaram o manifesto.
“Quem é democrata não precisa assinar cartinha”, “assinar papel qualquer um assina” estão entre as frases já verbalizadas por Bolsonaro sobre o assunto.
USP
Organizada por professores e estudantes da USP, a Carta foi difundida no fim de julho. O documento diz que “ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.
Trata-se de uma reedição da Carta aos Brasileiros, lida em 1977 em frente ao Largo de São Francisco para denunciar o estado de exceção da ditadura militar.
Para assinar a carta, acesse:
https://www.estadodedireitosempre.com/