A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que mais de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras que integram a força de trabalho global (Mais de 2,4 bilhões de pessoas, de uma força de trabalho global de 3,4 bilhões) estão expostas a graves riscos para a saúde em razão das mudanças climáticas. Os dados constam de um relatório, divulgado pela organização há alguns dias.
“O relatório estima que 18.970 vidas e 2,09 milhões de anos de vida ajustados por deficiência são perdidos todos os anos devido a 22,87 milhões de lesões ocupacionais atribuíveis ao calor excessivo”, informou a OIT.
Os dados são de 2020. De acordo com o documento, inúmeras condições de saúde dos trabalhadores estão associadas às mudanças climáticas, incluindo câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias, disfunções renais e problemas de saúde mental.
Segundo a OIT, o cenário é de 1,6 bilhão de trabalhadores expostos à radiação ultravioleta (UV), com mais de 18.960 mortes anual, devido ao câncer da pele não melanoma; e 1,6 bilhão de pessoas, provavelmente expostas à poluição atmosférica no local de trabalho, resultam em até 860 mil mortes ao ano, entre as pessoas que trabalham ao ar livre.
Para a Organização, as considerações sobre saúde e segurança no trabalho devem fazer parte das respostas às mudanças climáticas. O relatório cita o exemplo de alguns países que implementaram medidas de mitigação dos impactos das mudanças climáticas, tais como medidas de eficiência energética nos locais de trabalho, e mudanças na legislação para abordar especificamente o calor excessivo no ambiente laboral.
-A observação de limites máximos de temperatura e diretrizes para medidas adaptativas,
-A exigência de proteção extra;
-A alteração nas listas de doenças ocupacionais, limites de exposição ocupacional,
-Treinamento e informação, avaliação de riscos e medidas preventivas no local de trabalho.
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